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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Mulheres no Ministério Mark Driscoll

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Este capítulo deveria incluir um pavio, porque está conectado a um barril de pólvora de discussões teológicas polêmicas. Pessoalmente, tenho descoberto que esse assunto é o mais decisivo no meu ministério. Parece que quase todo fragmento de mídia feito sobre mim, por exemplo, inclui minha posição sobre as mulheres no ministério. Isso acontece porque o assunto de gênero, em geral, e da mulher, em particular, é uma linha divisória que separa vários grupos. Como você se posiciona com relação ao assunto de mulheres no ministério é de muitas formas um reflexo de como você entende as Escrituras, Deus, gênero, casamento e ministério. Num esforço de ser meticuloso, vou me referir a situações dos papéis de homens e mulheres no lar, já que a família é a primeira unidade governante a partir da qual os governos da igreja e do estado são formados.
De Adão a Jesus
Não surpreendentemente, nosso estudo sobre o papel da mulher no ministério deve começar no Gênesis, o livro dos começos, porque lá Deus criou os papéis masculino e feminino através de nossos primeiros pais, Adão e Eva. Subsequentemente, aqueles aspectos da nossa humanidade que estão enraizados na criação estão ligados a todas as pessoas de todas as culturas e não são meramente expressões da cultura. Este fato é importante para nosso estudo sobre os papéis dos sexos, porque por todo o Novo Testamento, tanto Jesus (Mateus 19.5 e Marcos 10.7-8.) quanto Paulo (Por exemplo, Efésios 5.31, I Timóteo 2.14, e 1 Co 11.7-9. 3 I Pe 3.1-7.) frequentemente se referiam ao registro da criação no Gênesis para esclarecer confusões que tinham sido levantadas nos seus dias com respeito aos papéis dos homens e das mulheres.
Pedro também se refere ao Gênesis para endireitar (ou colocar nos eixos) a confusão que tinha sido levantada sobre os papéis masculinos e femininos no casamento (1Pedro 3.1-7) Nós, da mesma forma, vamos começar nos capítulos iniciais do Gênesis e seguir os seus exemplos de começo onde a Bíblia começa.
Em Gênesis 1.27-28 e 31, descobrimos que Deus criou tudo que existe. Ele nos criou homens e mulheres como a joia suprema de sua criação-não simplesmente com a vontade de sua Palavra, mas também com o trabalho amoroso de suas mãos. Essa simples distinção é vital para nosso entendimento da natureza humana, porque questiona as noções populares sociais e psicológicas de que não existe diferença inata entre homens e mulheres (exceto biológicas) e que as tendências de gênero estão amplamente condicionadas socialmente. Deus intencionalmente nos criou homem e mulher, o que quer dizer que homens e mulheres são de muitas formas bem diferentes-um fato que pais que têm um filho e uma filha observam logo de cara quando sua filha segura sua boneca, enquanto seu irmão tenta arremessar nela seu cachorro-quente.
Ao ouvir que homens e mulheres são diferentes, os ouvidos modernos sintonizados por uma cultura de equalidade (que significa "igual" ou "uniforme") têm a tendência a aceitar que homens e mulheres não são iguais, o que não é verdade. A Bíblia ensina que homens e mulheres foram criados à imagem e semelhança de Deus, o que quer dizer que homens e mulheres são iguais em virtude da criação. Eles não precisam ser idênticos para provar sua igualdade da mesma forma que a mão direita e a esquerda são diferentes, mas igualmente necessárias.
A imagem e semelhança de Deus explica por que os seres humanos têm domínio sobre a criação inferior, emoções bem definidas, criatividade artística, intelecto e um espírito que viverá para sempre. Deus criou homens e mulheres como os portadores de sua imagem sobre a terra. Subsequentemente, uma vez que fomos criados homens e mulheres, fica claro que a imagem e semelhança de Deus são melhor comunicadas por homens e mulheres que trabalham juntos em parceria, assim como a Trindade, na qual Deus, o Pai, Deus, o Filho, e Deus, o Espírito, são igualmente Deus com distinções, submissão e unidade.
Deus fez homens e mulheres com tarefas a cumprir, incluindo ter filhos e criá-los para que sejam frutíferos sobre a terra, dominem sobre a criação e criem uma cultura que honre ao Senhor. Depois de criar o homem e a mulher a sua imagem e semelhança e delegar-lhes suas responsabilidades, Deus disse que tudo isso era "muito bom". Gênesis 2 revisita o registro da criação com detalhes adicionais sobre o início da história da humanidade. Lemos em Gênesis 2.18: "Disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea". Lá descobrimos que, embora tudo em Gênesis 1 tivesse sido declarado "bom" ou "muito bom", havia uma coisa que "não era boa" -que Adão estivesse só. Esse simples fato transmite em si uma série de importantes lições.
Primeiro, Adão foi criado em primeiro lugar, como cabeça de toda a criação, e encarregado da responsabilidade principal da criação que Deus lhe havia confiado para administrar. Da mesma forma, no Novo Testamento, somos repetidamente ensinados que homens devem agir como "cabeças" que assumem o controle da responsabilidade sobre seus domínios farmiliares, (Ef 5.23.) da mesma forma que Jesus é nossa Cabeça suprema, que na cruz assumiu o controle da responsabilidade pelo nosso pecado, do qual não era culpado. (Cl1.18; 2.10,19; Ef 1.10, 22; 4.15; 5.23.). No exemplo de Jesus, descobrimos que, quando ele criou os homens para serem cabeças, estava colocando sobre eles a responsabilidade principal de liderança e serviço para assegurar que tudo que Deus havia confiado para sua supervisão (por exemplo: esposas e filhos) fosse amado e protegido. Para cumprir essa grande honra, homens precisam aprender a ser como Jesus e assumir a responsabilidade, mesmo quando não são culpados. Os homens de Jesus devem ocupar-se em redimir as coisas que foram corrompidas e manchadas pelo pecado.
Segundo, por ser Deus uma Trindade, os homens precisam de uma parceira que seja diferente deles, mas também igual, para que possam comunicar a imagem e semelhança de Deus.
Terceiro, os homens precisam tão completamente de esposas que, embora o pecado ainda não tivesse entrado no mundo (e o mundo fosse tecnicamente perfeito), essa condição permaneceria incompleta, e consequentemente "não boa", até a criação de Eva.
Quarto, os homens, permanecendo sós, simplesmente não podem ser frutíferos, multiplicar-se, honrar a Deus e ter a intimidade Trinitariana para cujo desfrute foram criados, então, por isso, Deus fez as mulheres para ajudar os homens. De forma semelhante, em 1 Coríntios 11.8-9, Paulo diz: "Porque o homem não foi feito da mulher, e sim a mulher, do homem. Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, e sim a mulher, por causa do homem."
De forma clara, Deus criou as mulheres como auxiliadoras, o que explica por que não é raro encontrar mulheres buscando carreiras e ministérios que permitam que elas ajudem outras pessoas; essa é a razão pela qual foram criadas, e é algo no qual encontram grande satisfação. Embora algumas mulheres modernas se mostrem indignadas com o pensamento de terem sido criadas como auxiliadoras, elas não o deveriam, porque estarão na boa companhia de Deus, que é frequentemente mencionado como nosso auxiliador. (Salmos 10.14; 118.7; Rm 8.26; Hb 13.6).
O primeiro encontro entre um homem e uma mulher se encontra em Gênesis 2.22-25. Nessa passagem, lemos as primeiras palavras registradas por um homem que canta uma canção poética de amor para sua noiva no dia de seu casamento. Também testemunhamos que a mulher foi tirada do lado do homem, e que, no ato de consumar seu casamento, os dois se tomaram uma só carne. Adão recebe a honra de dar ao sexo oposto o nome de "mulher". Eles desfrutam da unidade e alegria que Deus planejou que compartilhassem. Nessa parte das Escrituras também vemos que o propósito abrangente que Deus planejou para maridos e esposas é a unicidade, a mesma palavra hebraica (echad, que significa "muitos que são um") falada três vezes diariamente pelos Judeus antigos em referência à unicidade do Deus Trinitariano em Deuteronômio 6.4. Por último, vemos que a célula familiar do marido, como líder e cabeça, e a esposa, como a auxiliadora amorosa, é a célula de governo primária sobre a qual os governos da igreja e do estado são edificados.
Resumidamente, no registro da criação de Gênesis 1-2, nos são dadas quatro razões para acreditar que Deus criou homens com o papel patriarcal de liderança sobre a terra:
1. Deus criou o homem primeiro, o que o estabelece como o líder responsável pelo resto da criação, da mesma forma que o primogênito era responsável por seus irmãos em todo o Velho Testamento.
2. Deus planeja que uma esposa seja uma auxiliadora igualmente valiosa juntamente com seu marido, e não uma líder sobre ele ou uma auxiliadora para qualquer outro homem da maneira como é para seu marido, porque somente eles são "uma só carne" em seu pacto de união matrimonial. Isso é mostrado pelo fato da mulher ter sido tirada do lado do homem, como sua igual.
3. Deus criou a mulher a partir do homem, demonstrando a sua dependência original dele como um padrão contínuo.
4. Deus permitiu ao homem dar nome à mulher, e nesse ato exercitar autoridade sobre ela.
O registro da criação é um belo retrato de uma harmonia unificada e amorosa entre homens e mulheres que trabalham lado a lado como iguais, cumprindo os papéis de líder e de auxiliadora que Deus planejou que cumprissem. Tragicamente, a beleza de Gênesis 1-2 está desfigurada e manchada pelo pecado de Gênesis 3.
Além do homem, da mulher e do Deus deles, uma serpente entra em cena no começo de Gênesis 3. Na literatura antiga, a serpente era um símbolo de caos, e embora essa fosse uma serpente literal, ela de fato trouxe caos à até então perfeita harmonia da boa criação de Deus. Ecoando o livro dos começos, descobrimos no Apocalipse (o livro dos finais) que essa serpente não é outra coisa senão o próprio Satanás.( Ap 12.9; 20.2).
Esse ardiloso mentiroso (João 8.42-47) imediatamente ataca a veracidade da Palavra de Deus com uma tentativa sutil de simplesmente adicionar uns poucos detalhes sobre os mandamentos que Deus havia dado ao homem e à mulher.
No pecado de Eva, testemunhamos a primeira tentativa da mulher usurpar o papel do homem, com trágicos resultados. Subsequentemente, é importante que aprendamos com sua lição e obedeçamos à Palavra de Deus, em vez de cedermos às pressões que podemos enfrentar, vindas dos nossos desejos pecaminosos internos e das influências culturais externas, para não confiarmos em Deus e fazermos o que parece ser melhor para nós.
Em Gênesis 3 também testemunhamos a covardia passiva de Adão, que ficou parado, em silêncio, sem tomar nenhuma atitude, simplesmente observando a Serpente levar sua noiva a desobedecer a Deus. Assim como tantos outros de seus filhos que têm deploravelmente seguido seu indolente exemplo, Adão, na verdade, assistiu a sua noiva pecar e em seguida se uniu ao pecado dela, em vez de fazer alguma coisa para levá-la amorosamente de volta ao Senhor.
A seguir testemunhamos o efeito do pecado deles - a separação - uma vez que o homem e a mulher cobriram sua nudez em desconfiança e esconderam-se de Deus. Todavia, Deus, em sua bondade, continuou a buscá-los, assim como tem feito com cada um de seus filhos desde então. Curiosamente, apesar de Eva ter pecado primeiro, Deus chamou retoricamente Adão: "Onde está você?" Deus colocou a responsabilidade da queda primariamente sobre o homem. Nisso que agora se tornou uma prática comum do homem no decorrer de toda a história, Adão escolheu culpar a Deus e à mulher pela confusão, em vez de se arrepender e assumir a responsabilidade por sua falha em liderar como Deus o havia instruído. Assim como muitas outras filhas, desde então, Eva, na prática, defendeu seu marido culpado, tentando fracamente culpar a Satanás por todos os problemas deles. Como consequência pelo seu pecado, Deus anunciou uma série de maldições sobre todos os envolvidos.
Sabendo que nem o homem nem a mulher poderiam endireitar tudo o que tinham entortado, Deus prometeu a Satanás que uma filha de Eva (Maria) um dia daria à luz um filho (Jesus), o qual seria ferido por Satanás em um conflito que, no final, veria Satanás esmagado em derrota. Essa maldição sobre Satanás foi cumprida quando Jesus Cristo foi exaltado na cruz pelos pecados de seu povo, (Cl 2.13-15) e será completada no final de tudo, quando Jesus for exaltado em seu trono branco para condenar a Serpente aos tormentos eternos do inferno. (Ap 20.10).
Deus prometeu a Eva que seu domínio do lar seria amaldiçoado no seu relacionamento com seus filhos e com seu marido. Primeiro, seria uma tarefa sofrida tornar-se e ser mãe. Segundo, ela teria a tendência de não confiar em seu marido e, em vez de seguir sua liderança, buscaria continuamente governar sobre ele, embora ele, no final das contas, permanecesse como o líder no relacionamento deles. Muita tinta tem sido gasta sobre o significado do desejo de Eva governar sobre seu marido, mas Deus graciosamente nos deu um exemplo claro no capítulo seguinte (Gênesis 4), onde a mesma linguagem exata de "o desejo da mulher governar sobre seu marido" é usada para o desejo do pecado de governar sobre Caim, (Gn 4.7) que acabou assassinando seu próprio irmão Abel por causa da inveja.
Desde o dia em que essa maldição foi pronunciada, a guerra dos sexos tem conti­nuamente repetido o ciclo de tolice do Gênesis-homens covardemente abdicam de sua responsabilidade para liderar, e mulheres se adiantam para preencher a lacuna, com boas intenções e trágicos resultados. Hoje, um simples olhar de relance nas revistas femininas nas prateleiras das bancas de revistas confirma que as mulheres ainda estão furiosamente tentando equilibrar as devastadoras exigências da maternidade (por exemplo: infertilidade, criação de filhos) e do casamento (por exemplo: solteirice, conflitos conjugais, divórcio). O plano de Deus era que, através da dor e do trabalho para trazer ordem para o seu lar, a mulher se humilhasse e compreendesse que ela é tão ingovernável e difícil de ser governada por Deus (que está sobre ela) quanto são seus filhos (que estão debaixo dela); isso a levaria a se arrepender diante de Deus por seu pecado de usurpar a posição do seu marido como o cabeça da família e desobedecer à vontade de Deus para ela.
Deus prometeu a Adão que, por ter ouvido a sua esposa quando deveria ter falado em favor do Senhor, a terra seria maldita por causa dele. Nisso vemos que o domínio do homem no mercado de trabalho tem sido amaldiçoado. Não importa qual seja o trabalho que faça no esforço de prover as necessidades de sua família, cada um desses esforços encontrará resistência e dificuldade, ou, como diz o Gênesis: "espinhos e ervas daninhas". Subsequentemente, tanto a esposa do homem quanto o seu trabalho são frustrações permanentes para ele, uma vez que continuamente fracassam em seguir sua liderança, assim fazendo sua vida árdua. Isso também explica por que o material para a maioria dos comediantes e revistas de homens fala sobre como ter sucesso em controlar sua esposa e seu trabalho, em vão. Ao amaldiçoar a mulher, Deus amaldiçoa o domínio do homem num esforço para humilhá-lo e leva-lo a experimentar o que Deus faz em relação à frustrante desobediência do homem e levá-lo ao arrependimento do pecado e à dependência da graça de Deus.
Gênesis 3 então encerra com Adão dando a sua esposa o nome de "Eva", que significa "doadora da vida", uma vez que cada geração desde então tem procedido desse homem e dessa mulher para experimentar a mesma frustração do conflito de sexos. Então Deus expulsa o homem e a mulher do jardim do Éden e da árvore da vida por causa do seu grande amor. Afinal de contas, se tivéssemos a permissão de participar da árvore da vida, teríamos vivido para sempre como pecadores separados de Deus, fazendo o mal um ao outro sobre a erra, sem nenhuma esperança de um cancelamento da punição. Não vemos a árvore da vida novamente até o capítulo final do Apocalipse, quando, depois da nossa ressurreição, os filhos de Deus entram no novo jardim no céu, logo depois da maldição ter sido formalmente removida e do pecado não mais existir.
Resumidamente, em Gênesis 3, descobrimos três provas (além daquelas encontradas em Gênesis 1-2) que também confirmam que Deus criou homens para a liderança e os tornou responsáveis por suas falhas em liderar bem:
1. Embora a mulher tenha pecado primeiro, Deus responsabiliza o homem, e, quando Deus os procura depois de seu pecado, ele chama pelo homem.
2. O homem foi amaldiçoado por ficar sentado, sem nenhuma atitude, e por ouvir a sua esposa, quando ele deveria ter tomado a iniciativa de liderar sua família e refutar as mentiras da Serpente.
3. A natureza do pecado que todos os seres humanos possuem desde a concepção (Sl 51.5; 58.3) é imputada a eles através de Adão e não de Eva (embora ela tenha pecado primeiro), porque, sendo cabeça de toda a raça humana, ele representa a todos em seu pecado.(Rm 5.12-21; 1Co 15.21-22).
De Gênesis 3 em diante, a história humana é uma trágica série de consequências do pecado-como em Gênesis 4, quando Caim assassina seu irmão Abel e o pecaminoso coração humano bate em ritmo acelerado em toda sorte de tolice e morte. Mas a intenção original de Deus é que o homem seja redimido por Deus e participe com ele do trabalho de redenção sobre o remanescente da terra. Por exemplo, em Gênesis 5.1-2 nos é dito que Deus nomeou a raça humana "homem", ou adão, em hebraico, pois o homem é o cabeça da humanidade. O Patriarcado permaneceu como padrão por todo o Velho Testamento, uma vez que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó foi adorado pelas famílias cuja linhagem foi continuamente traçada através da genealogia masculina; isso foi registrado nos livros da Bíblia, os quais foram escritos por homens. Por todo o mundo, a ordem da criação tem sido levada adiante em cada sociedade. Não existe nenhuma evidência de qualquer sociedade ter sido matriarcal alguma vez (liderada por mulheres). Simplesmente, o projeto da criação de Deus, que primeiramente responsabiliza Adão e seus filhos pela liderança e redenção, permanece intacto até a vinda de Jesus Cristo, em cumprimento à promessa feita a Eva.
De Jesus a Paulo
Durante Sua vida e ministério, Jesus tratou as mulheres com grande dignidade e manteve o padrão de liderança masculina da criação que permeou o Velho Testamento. Jesus claramente acreditava em Gênesis 1.27, porque citou esse trecho em Mateus 19.4, quando disse: "Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher".
Alinhado com a prática do Velho Testamento de reservar a liderança experiente do povo de Deus, o sacerdócio, exclusivamente para homens, Jesus escolhe doze homens como seus apóstolos. Alguns críticos têm debatido que Jesus não escolheu mulheres como apóstolos porque a cultura dos seus dias não teria aceitado tamanha ousadia. Mas eles falharam ao deixar de pensar que os discípulos de Jesus não foram escolhidos por acaso ou aceitação cultural, mas sim pela vontade de Deus, o Pai, que foi revelada a Jesus depois de ter passado uma noite em oração sobre esse assunto. (Lucas 6.12-16).É questionável que as pessoas nos dias de Jesus teriam se escandalizado pela seleção de uma discípula mulher do que pela seleção de um traidor e de um extorsionário, Mateus.
Além disto, em vez de obedecer aos costumes sociais, Jesus frequentemente rompia com eles, quando sentia que era necessário, e foi, em parte, assassinado por causa de sua violação dos costumes sociais.
Exemplos disso incluem curar no Shabat (sábado), (Marcos 1.1-17) virar as mesas no templo, comer com os publicanos e pecadores e não lavar as mãos antes de comer. Cla­ramente, Jesus não era um covarde, que cedia à pressão social; se tivesse desejado elevar as mulheres ao nível mais alto da liderança espiritual, simplesmente as teria nomeado como apóstolos, o que não fez.
Adicionalmente, durante todo o seu ministério, Jesus frequentemente violou tabus sociais com respeito às mulheres, por exemplo, quando tratou a mulher Samaritana do poço de Sicar amigavelmente,(João 4 ) e falou publicamente com a viúva de Naim (Lucas 7.12-13) Jesus frequentemente curou e expulsou demônios de mulheres. (Mt 9.20-22 ) Jesus usou mulheres como exemplos de fé exemplar em seus ensinamentos. O que era provavelmente bastante polêmico, pois as mulheres eram geralmente omitidas das instruções teológicas e Jesus de fato ensinou teologia às mulheres. (Lc 10.38-42; 23.27-31; João 20. 10-18). Jesus permitiu que uma mulher pecadora o ungisse. (Lc 7.36-50) Dois dos amigos mais Íntimos de Jesus eram mulheres, a quem amava como irmãs. O sustento do ministério de Jesus incluía ofertas generosas de mulheres piedosas. Por último, a Bíblia registra que mulheres piedosas foram as primeiras a saber que Jesus tinha ressuscitado (Mt 28.1-10)
Em resumo, Jesus honrou, ensinou e amou as mulheres, e até as incluiu em posições vitais em seu ministério. Mas ele não elevou as mulheres ao nível mais alto da liderança, alinhado com a ordem da criação e o precedente do Velho Testamento.
Depois de Jesus, Paulo foi o homem que Deus escolheu para desenvolver mais significativamente a igreja primitiva. Paulo plantou muitas igrejas primitivas, escreveu extensivamente sobre a liderança e a organização da igreja primitiva e foi um pioneiro na expansão da igreja em novas culturas que ainda não tinham ouvido falar de Jesus.
Em uma de suas viagens missionárias, Paulo plantou uma igreja na cidade de Éfeso.28 Ao sair para outra missão, Paulo reuniu os líderes experientes da igreja os presbíteros-para avisá-los de que, depois de sua partida, falsos mestres se levantariam dentro da igreja, como Judas entre os discípulos, e trariam heresia e divisão, a menos que fossem tratados com severidade.(At 20.13-38). Depois da sua partida, a profecia de Paulo se tornou realidade, à medida que falsos mestres se tornaram muito populares na igreja, e por isso Paulo comissionou seu assistente Timóteo para lutar contra os hereges e ordenar que parassem de ensinar falsas doutrinas. (1tm 3.3-7, 18-20; 6.12; 20-21). Paulo ordenou que Timóteo não somente sufocasse essa revolução, mas também que a substituísse por "sã doutrina", (1tm 1.10) que significa doutrina saudável, o que levaria a igreja e seus membros a serem espiritualmente saudáveis e frutíferos.
Os hereges tinham aparentemente se tornado muito populares entre as jovens mulheres que estavam abandonando os vestidos decentes, o casamento e a maternidade para ostentar sua liberdade em Cristo se vestindo como prostitutas, fofocando e tentando direcionar o controle da igreja para uma cultura tão obviamente vestida de salto alto. (1Tm 2.9-3:2; 5.11-15; 2Tm 3.6-7) Essas mulheres acreditavam que deveriam abandonar seus papéis femininos para ocupar posições de autoridade que Deus planejou para o homem, para controlar a igreja. Elas foram convencidas a esse erro pelas mentiras dos falsos mestres, que diziam que o próprio Paulo apoiava a ideia da mulher ocupar a posição mais alta de liderança na igreja, chamada presbítero-pastor.
Felizmente, Paulo escreveu à igreja para corrigir a heresia que estava circulando com relação ao papel da mulher no ministério. (Deste modo, falsos mestres hereges são geralmente um presente para a igreja, porque forçam o povo de Deus a esclarecer a sã doutrina). Os falsos mestres feministas dos dias de hoje, que estão promovendo a mesma tolice sem sentido de que jovens mulheres devem abraçar sua sexualidade e independência, e abrir mão do casamento e maternidade, para seguir o ministério pastoral, fariam melhor se simplesmente escutassem e obedecessem às palavras de Paulo em 1 Timóteo 2.11-3.5.
1 Timóteo 2.11-3.5
"A mulher aprenda em silêncio, com toda a submissão. E não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade de homem; esteja, porém, em silêncio. Porque, primeiro, foi formado Adão, depois, Eva. E Adão não foi iludido, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão. Todavia, será preservada através de sua missão de mãe, se ela permanecer em fé, e amor, e santificação, com bom senso.
Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja. É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento; e que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?)."
Paulo começa afirmando algo bem polêmico e incomum nos seus dias que a mulher deveria aprender teologia. Nos nossos dias, a aplicação desse principio quer dizer que tanto homens quanto mulheres devem aprender teologia, terem permissão de cursar um seminário ou faculdade bíblica, e serem encorajados a ser teologicamente perspicazes. Aparentemente, as mulheres em Éfeso estavam se comportando de uma forma rebelde e desrespeitosa durante os cultos na igreja. Elas se pareciam muito com suas irmãs cristãs em Corinto, (1Co 14.33-35) às quais Paulo, da mesma forma, ordenou serem respeitosas com relação à liderança da igreja. Paulo também colocou o ônus de responder a suas muitas dúvidas teológicas sobre seus maridos como os cabeças de seus lares. Paulo adicionou dois requisitos para as mulheres de Éfeso que queriam aprender teologia: silêncio e submissão. O silêncio aqui não significa total silêncio, mas sim um comportamento tranquilo, que também é requerido dos homens em Tito 2.2. A questão da submissão das mulheres aos lideres pastorais se correlaciona diretamente com o mandamento frequente da submissão das mulheres aos seus esposos como os líderes em suas casas. (Ef 5.21-33; Cl 3.18; Tito 2.3-5; 1Pe 3.1-6). Obviamente, o plano de Deus é que as mulheres cristãs sejam teologicamente bem informadas, e para isso elas primeiro precisam aprender a respeitar os pastores que foram escolhidos por Deus para instruí-las.
Embora essa simples admoestação possa parecer arrogante aos nossos ouvidos modernos, é de fato por causa desse versículo que se soe dessa forma. Ironicamente, se não fosse um mandamento de Deus, através de Paulo, que as mulheres aprendessem teologia, os teólogos feministas da atualidade não seriam suficientemente astutos teologicamente para argumentar contra o resto dos ensinamentos de Paulo. Além do mais, é somente nos lugares onde a influência de Paulo tem se espalhado que as mulheres têm sido liberadas, enquanto em quase todo o resto do mundo é mais provável que as mulheres sejam consideradas mera propriedade, sem acesso à educação, e recebam um véu por trás do qual desaparecem no esquecimento.
Para corrigir essas mentiras (que falsos mestres promulgaram), Paulo aprovava o ministério de saias. Paulo enfaticamente ordenou que as mulheres não deviam ensinar ou ter autoridade sobre os homens na igreja. Embora o mandamento de Paulo possa parecer suficientemente direto para aqueles que desejam aceitá-lo, uma grande variedade de opções interpretativas têm emergido.
Aqueles que possuem uma interpretação muito liberal das ordens de Paulo, que mulheres não podem ensinar ou ter autoridade sobre um homem, de alguma forma misteriosa acreditam que ele quis dizer exatamente o oposto do que disse; eles acreditam que as mulheres devem ensinar e ter autoridade sobre um homem. Entretanto, a despeito do complexo origami teológico a que eles sujeitam essa página de suas Bíblias, se Deus desejasse que as mulheres ensinassem aos homens e tivessem auto­ridade sobre eles, o Espírito Santo teria inspirado Paulo a simplesmente dizer isso, e não completamente o oposto. Da mesma forma, quando a Bíblia, em outra parte, nos diz que não matemos pessoas inocentes, não quer dizer que Deus quer que matemos pessoas inocentes, mesmo se um "acadêmico" tenha mais graus do que Fahrenheit, saiba mais grego e publique um livro explicando o assunto baseado em desenho feitos na parede de uma caverna na Mesopotâmia Superior.
Aqueles que possuem uma interpretação mais rígida do mandamento de Paulo, que mulheres não podem ensinar ou ter autoridade sobre homens na igreja, têm uma tendência de manter as coisas organizadas ao simplesmente dizer às mulheres que ensinem somente a mulheres e crianças (o que é, admitidamente, o lugar mais claro para impor o limite). Aqueles que têm uma interpretação complementariana, mais flexível, do mandamento de Paulo (como eu) acreditam que a palavra usada aqui para "autoridade" (o único lugar que é usada no Novo Testamento) se refere à autoridade máxima na igreja, a de presbítero-pastor. Isso também parece lógico no contexto, já que o que imediatamente se segue no próximo capítulo de 1 Timóteo são os requisitos para um presbítero-pastor, os quais incluem ser um homem cristão maduro, um marido e pai exemplar. Igualmente, Paulo proíbe às mulheres ensinarem (o que deve incluir pregar, porque isso é uma responsabilidade do presbítero, de acordo com 1 Timóteo 5.17) e exercitarem autoridade (tal como aplicar a disciplina na igreja ou estabelecer a doutrina) como um pastor-presbítero. O ensinamento de que fala 1 Timóteo 5.17 provavelmente se refere à pregação e ao ensino feitos pelos presbíteros, já que todas as outras vezes que se fala sobre ensinamento no restante da carta é em referência ao ensinamento de um presbítero. (1Tm 4.11; 5.7; 6.2) A posição que estou argumentando a favor é complementariana.
Uma igreja complementariana deve encorajar as mulheres a usar ao máximo seus dons espirituais e habilidades naturais dadas por Deus. Isso pode ser qualquer coisa, desde dar uma aula sobre como liderar um estudo bíblico, supervisionar um ministério, liderar como diaconisa, falar na igreja de uma forma que não seja pregação, dirigir a adoração, servir a ceia, unir-se ao ministério de tempo integral como integrante da equipe de funcionários, e até receber educação teológica formal ou basicamente todas as oportunidades na igreja, exceto o que a Bíblia e os presbíteros consideram responsabilidades exclusivas dos presbíteros. Por essa razão, a questão não é se urna mulher pode estar no ministério, mas sim em qual ministério uma mulher pode estar e ainda permanecer fiel às Escrituras.
Quadro 3.1 Mulheres e Ministério: Três Perspectivas
Igualitária (Liberal)
Homens e mulheres são parceiros juntos em todas as áreas do ministério. Todos os ministérios e cargos na igreja estão abertos a homens e mulheres. O gênero não é uma distinção relevante para excluir qualquer pessoa de qualquer cargo da igreja.

Complementarista (moderada)
Homens e mulheres são parceiros juntos em cada área do ministério. Todos os ministérios da igreja estão abertos para todos os homens e mulheres qualificados, com a exceção especial ao cargo de presbítero, o qual a Bíblia exige que seja um cargo somente masculino, As mulheres podem servir como diaconisas, professoras, dirigir o louvor, servir a ceia, estar no ministério sustentado de tempo integral, etc.

Hierárquica (conservadora)
Mulheres e homens foram criados para operar em diferentes esferas do ministério dentro da igreja. Não é permitido que as mulheres sejam pastoras ou diaconisas, sirvam a ceia, ensinem os homens, dirijam o louvor, orem ou falem no culto, etc. As mulheres devem concentrar-se em edificar ministérios para outras mulheres e crianças.

 
Novamente, alguns tentarão encontrar uma forma de esquivar-se da clareza das instruções de Paulo, que diz que o cargo de pastor-presbítero, que é a posição de pastor sênior na igreja, só pode ser ocupado por homens qualificados. Uma linha de pensamento é que Paulo estava falando somente de um cenário de uma igreja e que sua instrução não foi destinada para estar vinculada a todas as igrejas. Mas I Timóteo é uma epístola geral, o que quer dizer que tinha sido destinada para ser adotada por muitas igrejas, em todas as partes de uma grande região. Na verdade, Paulo diz que tinha sido destinada para cristãos "em todo lugar".(1Tm 2.8) Não existe nenhuma outra declaração com relação a quem deveria liderar a igreja que seja praticamente tão compreensiva quanto as epístolas Paulinas (l Timóteo, 2 Timóteo e Tito), as quais ensinaram unanimemente que somente homens qualificados deveriam liderar a igreja como pastores-presbíteros. Quando essa mesma questão foi abordada por Paulo em 1 Coríntios 11, ele termina seu argumento no versículo 16 dizendo: "Contudo, se alguém quer ser contencioso, saiba que nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus".
Outra linha errada de pensamento é que Paulo não selecionou pastores-presbíteros mulheres porque ele estava trabalhando dentro dos limites da cultura do seu tempo, e que se tivesse vivido hoje, teria escolhido mulheres, porque nossa cultura seria mais tolerante em ter mulheres como líderes espirituais. Mas Paulo foi frequentemente espancado por violar normas culturais nos seus dias, tais como terminar o sistema sacrificial e não impor um grande número de costumes culturais judaicos aos cristãos gentios, incluindo a circuncisão, restrições alimentares e festividades. Na verdade, se Paulo não tivesse tão brutalmente minado tantas normas culturais profundas e valorizadas, ele teria vivido até uma idade avançada, em vez de ter sido decapitado por seus furiosos críticos.
Uma outra linha de pensamento falso, que tenta abrir o pastorado às mulheres, diz que as mulheres por todo o Novo Testamento colaboraram com Paulo em posições vitais do ministério. Essa afirmação é de fato verdade e se aplica a mulheres maravilhosas como Priscila, Lídia, Evódia, Síntique, Febe e muitas outras mulheres piedosas que serviram, lideraram e ensinaram na igreja primitiva mas nunca como um pastor-presbítero. Com certeza, Deus concede dons às mulheres cristãs para viverem vidas frutíferas de ministério que são extremamente necessárias, mas sair disso e ir para a premissa de que mulheres devem ser pastores-presbíteros viola os claros mandamentos, exemplos e precedentes da Bíblia estabelecidos pelos sacerdotes do sexo masculino do Antigo Testamento e pelos apóstolos de Jesus.
Embora aqueles que se opõem aos claros ensinamentos de Paulo, de que somente homens qualificados deveriam ser pastores-presbíteros, façam variações nas nuances dos seus argumentos, no centro de cada um deles está uma insistência em que a liderança masculina no governo da casa e da igreja está arraigada na cultura e não na criação. Consequentemente, eles dão a entender que a doutrina deve mudar com a cultura, em vez de permanecer constante. Novamente, o único problema com essa posição está nas palavras de Paulo nas Escrituras, onde ele argumenta contra mulheres como pastores-presbíteros desde o registro da criação do Gênesis. 1Tm 2.13. Apesar da declaração de Paulo-que homens devem ser pastores-presbíteros porque Deus os criou primeiro - poder soar estranha para nós, ela fez sentido para sua audiência original, que entendeu que, por todo o Antigo Testamento, o primogênito era uma posição de responsabilidade extra na família. Uma vez que Deus intencionalmente criou o homem primeiro, Paulo conclui que então se espera que os homens assumam a responsabilidade primária da liderança da igreja. Adicionalmente, através da história da fé cristã, essa posição tem sido amplamente consentida por todos, desde os pais da igreja primitiva João Crisóstomo e Agostinho, até o teólogo católico Erasmo e o reformador luterano Martinho Lutero, passando pelo reformador presbiteriano João Calvino, o teólogo batista John Gill e o fundador do metodismo John Wesley (que manteve essa posição, até que mudou de ideia mais tarde na vida).
Paulo, mais adiante, conclui que Eva era bem intencionada em sua tentativa de agir como líder espiritual sobre o homem, mas foi enganada ou defraudada pela Serpente. 1tm 2.14; 2co 11.3 Agora, antes que você fique todo emocionado e comece a escrever blogs sobre mim com grandes palavras terminadas em "ista" (por exemplo: machista, chauvinista, patriarcalista), por favor, considere o conteúdo das revistas femininas nas bancas, que encorajam as mulheres liberadas dos nossos dias a assistirem pornografia com seus namorados, dominarem a técnica do sexo oral para usar em homens que não têm nenhuma intenção de casarem-se com elas, pagar a contas de um encontro em nome da igualdade, gastar uma média de três quartos de seu tempo fértil fazendo sexo, mas tentando não engravidar, e abortar um terço de todos os bebês e pergunte a si mesmo se a decepção não tem uma bela aliança para ela?
As mulheres em Éfeso tinham aparentemente sido enganadas pela mesma tolice que as mulheres de hoje, já que se vestiam como prostitutas 1Tm 2.9 e prazerosamente faziam sexo sem buscar o casamento. 1tm 5.11-15. Então Paulo, amorosamente, libera tais mulheres "liberadas" de sua "liberação" ao encorajá-las a retornar às funções que Deus criou para elas, em outras palavras, serem cristãs fiéis, servindo a Deus de acordo com seus dons sem desprezar as nobres funções de esposa e mãe. 1Tm 2.15
Tragicamente, nossos dias estão cheios de mulheres que, como sua mãe Eva, têm sido tão enganadas completamente, que consideram o casamento e a maternidade como uma difamação em vez de uma honra. Elas acham que, a menos que alguém o chame de "pastor", você é um cristão de segunda classe, o que se evidencia como uma bobagem quando você para e considera que a grande maioria dos homens em qualquer igreja também não é pastor. Felizmente, Paulo amava as mulheres suficientemente para ordenar que os homens cristãos assumissem a responsabilidade por seus lares e igrejas.
A história da capa de fevereiro de 2004, "Onde Estão as Mulheres?", da revista Fast Company relatou que, a despeito dos enormes esforços do movimento feminista para remover as mulheres de seus lares, casamentos e da experiência de ser mãe para levá-las aos níveis mais altos do mundo corporativo, suas aspirações continuam não realizadas. Por quê? Os artigos não cristãos relatam que as mulheres querem ser esposas e mães, e que não importa quanto dinheiro lhes ofereçam, elas estão reticentes em trabalhar o número de horas requerido para liderar uma grande empresa, porque fazer isso significa ter que abandonar o casamento e a maternidade. Em retrospecto, talvez a ordem da criação de Deus tenha se mantido mais intacta do que imaginamos, levando em conta a surra que tem levado.
De Paulo a Nós
Praticamente, o paradigma de fraqueza de Adão e Eva, homens distantes e bem inten­cionados, mulheres enganadas tentando compensar sua ausência, é novamente uma nor­ma nos dias de hoje. Em um artigo de 6 de março de 2000, intitulado "As Mulheres São a Espinha Dorsal das Congregações Cristãs na América", o pesquisador George Bama relatou como os filhos de Adão e as filhas de Eva estão se saindo nos dias de hoje:
• Mais de 90% dos pastores protestantes e 100% dos padres católicos são homens.
• A população americana é composta aproximadamente de 50% de homens e 50% de mulheres.
• 60% dos cristãos americanos são mulheres.
• Existem entre 11 e 13 milhões a mais de cristãos americanos que são mulhe­res, do que homens
• 46% das mulheres americanas declaram-se nascidas de novo, comparando com 36% dos americanos homens.
• As mulheres cristãs têm 100% mais probabilidade do que os homens de participar de um processo de discipulado.
• As mulheres cristãs têm 56% mais probabilidade do que os homens de esta­rem na liderança não-pastoral da igreja.
• As mulheres cristãs têm 56% mais probabilidade do que os homens de esta­rem num pequeno grupo.
• As mulheres cristãs têm 46% mais probabilidade do que os homens de dis­cipularem outras pessoas.
• As mulheres cristãs têm 39% mais probabilidade do que os homens de terem um tempo devocional.
• As mulheres cristãs têm 34% mais probabilidade do que os homens de se­rem voluntárias na igreja.
• As mulheres cristãs têm 29% mais probabilidade do que os homens de lerem a Bíblia durante a semana.
• As mulheres cristãs têm 29% mais probabilidade do que os homens de par­ticiparem na igreja durante a semana.
• As mulheres cristãs têm 29% mais probabilidade do que os homens de com­partilhar a sua fé durante um ano.
• As mulheres cristãs têm 23% mais probabilidade do que os homens de doar dinheiro para a igreja mensalmente.
• As mulheres cristãs têm 16% mais probabilidade do que os homens de ora­rem durante a semana.
Claramente, o padrão estabelecido por Adão e Eva de homens abandonando suas responsabilidades de liderar amorosamente seus lares e igrejas, combinado com mu­lheres bem-intencionadas, mas enganadas, intervindo para preencher os buracos, ainda está sendo seguido em nossos dias. Subsequentemente, uma das grandes necessidades que a igreja cristã em geral precisa encarar é sua inabilidade de atrair, converter, treinar e inspirar homens para liderar amorosa e responsavelmente como Jesus.
Uma igreja complementariana precisa se concentrar atentamente em levantar homens, particularmente homens jovens, para serem líderes amorosos e responsáveis em suas famílias e igrejas, como Jesus, e não como Adão. Simplesmente, uma das coisas mais amáveis que podemos fazer pelas mulheres e crianças é levantar homens que sejam bons cristãos, maridos, pais e irmãos em Cristo. Esse ponto ficou claro para mim, de uma forma engraçada, depois de um dos nossos cultos da noite, durante uma conversa com uma jovem pastora de outra igreja. Ela me disse que se alegrava muito em participar regularmente de nossa igreja, mas estava muito desapontada por não termos mulheres pastoras. Quando lhe perguntei por que visitava regularmente nossa igreja durante a noite depois de liderar sua própria igreja pela manhã, se ela não gostava dos nossos líderes, então ela ficou corada e tentou escapar da pergunta. Quando a pressionei para uma resposta honesta, ironicamente ela admitiu que estava solteira e que queria se casar e ter filhos, mas não havia nenhum bom homem em sua igreja; ela frequentava a Mars Hill porque admirava a qualidade de milhares de jovens homens solteiros e esperava encontrar um marido em nosso meio, enquanto reclamava que deveríamos ser mais parecidos com a igreja dela.
Percebi que algumas pessoas que discordam de mim no assunto de mulheres como pastores-presbíteros ainda são cristãos com os quais passarei a eternidade no céu. Embora nossas convicções bíblicas sobre esse assunto atuem muito profundamente na nossa igreja e não sejam acessíveis ao debate, nós receberemos com prazer, em nossa igreja, e como seus membros, os cristãos dispostos a obedecer aos mandamentos de Paulo às mulheres de Éfeso, que venham com mentes abertas para aprender e com corações pacíficos, sem a intenção de argumentar ou desrespeitar a liderança dos presbíteros da igreja. Como líderes, buscamos instruir amorosamente tanto homens quanto mulheres nas suas funções relacionadas ao gênero sexual, iguais e complementares, ordenadas por Deus, para que possam experimentar a alegria e a realização que vem apenas através da obediência humilde a Deus.
Respostas às Perguntas Comuns
Débora, Priscila e Lídia não são Exemplos de Pastoras?
Aquelas pessoas que argumentam que uma mulher deveria ocupar a função mais alta da liderança na igreja (pastor-presbítero) frequentemente insistem em que mulheres piedosas como Débora (Juízes 4.) Priscila (Atos 18; Rm 16.3; 1 Co 16.19; 2 Tm 4.19.) e Lídia (Atos 16.11-15.) estabeleceram precedentes para que fossem seguidos, porque cada uma delas foi usada de forma vital por Deus no ministério. Embora a brevidade evite uma longa explicação, o assunto é realmente muito simples.
Débora era uma mulher piedosa levantada por Deus em um dos mais baixos momentos espirituais na história de Israel, uma vez que os homens piedosos haviam abdicado de suas responsabilidades. Ela ocupou a posição de liderança de juíza e profetisa, embora não tenha ocupado a posição mais alta de liderança, o sacerdócio ora claramente queria que um homem liderasse, mas os homens eram fracos e covardes, um fato que ela mostrou com repugnância ao homem Baraque. Entretanto, ora recebeu sabedoria de Deus e a deu a Baraque, que então liderou os homens batalha; assim, Débora-mesmo quando liderava selecionava um homem para liderar os homens. Em Débora vemos que, em algumas ocasiões, Deus prefere trabalhar com uma mulher piedosa do que com um homem ímpio, embora os níveis mais altos de liderança permaneçam reservados exclusivamente aos homens. De maneira similar, um homem é a cabeça de sua casa, mas no caso dele abandoná-la ou ter, e assim abdicar de suas obrigações, sua mulher assume a responsabilidade por falta de opção.
Priscila era uma mulher piedosa que realizava o ministério lado a lado com o marido Áquila, o qual incluía ensinar pessoas, assim como o grande pregador Apolo, em seu lar. Embora não notemos que ela nunca foi considerada uma pastora- presbítera, vemos, sim, que ela estava liderando na igreja sob a autoridade dos Presbíteros, como Paulo. Através do seu exemplo, vemos que casais casados, que são piedosos e que exercem juntos o ministério, são indispensáveis para a igreja.
Lídia era uma mulher piedosa que aparentemente não era casada, e por isso era cabeça de sua casa, a qual incluía seus servos. Ela provavelmente era uma mulher a, que hospedava e financiava uma das igrejas plantadas por Paulo. Ela nunca é Chamada pastora-presbítera, mas nela vemos quão vital são as contribuições de uma Mulher piedosa para o ministério do evangelho.
Em cada exemplo observamos mulheres piedosas sendo usadas pelo Senhor para um ministério extraordinário. O que não observamos é que elas ocuparam a posição mais alta da liderança sobre o povo de Deus, tais como o sacerdócio no Antigo Testamento, ou o presbiterato no Novo Testamento.
Gálatas 3.28 não Abre a Porta para as Mulheres serem Pastoras?
Talvez o maior aríete do feminismo evangélico se encontre em Gálatas 3.28, que diz: "Não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus". A linha de pensamento do argumento feminista é que, depois de se tomar cristão, coisas como o gênero e a cultura são apagados, o que em consequência significa que essas coisas, como o papel estabelecido em função do gênero na família e na igreja não são mais obrigatórias para os cristãos. Mas isso não é o que Paulo está dizendo, já que o contexto do versículo está falando de desigualdades. Embora muito possa ser dito, por causa da brevidade, alguns pontos devem tomar claro o significado desse versículo.
Primeiro, devemos notar que as diferenças de gênero entre homens e mulheres são um produto da criação e não da cultura, e portanto são obrigatórias a qualquer um. (Gn 1.27; Mateus 19.4; Marcos 10.6; 1 Tm 2.11-14.) Segundo, devemos notar que Paulo está falando aqui da igualdade radical de homens e mulheres "em Cristo Jesus", a qual se refere à justificação (se tornar um cristão), a qual é o tema de todo o livro. Em outra parte, Paulo fala da subordinação funcional das esposas a seus maridos no lar (Ef 5.22-24; CI 3.18.) e subordinação funcional tanto de homens quanto de mulheres aos presbíteros na igreja. (Atos 20.28; 1 Co 11.2-12; 1 Ts 5.12; 1 Tm 3.1-7; Tito 1.6-9; Hb 13.17.) Terceiro, Paulo possivelmente estava respondendo a uma oração familiar judia, na qual os homens agradeciam a Deus por não serem escravos, gregos ou mulheres, e Paulo estava argumentando que todo o povo de Deus é igualmente amado por ele e criado por ele com seu gênero, cultura e status social. Quarto, quando alguém se toma cristão, ele ou ela não deixa de ser um homem ou uma mulher (por essa razão estava falando sobre homens e mulheres em suas cartas (Tito 2.1-6.), não deixa de ser de uma etnia (por essa razão o debate entre os gentios e os judeus em todo o livro de Gálatas e a presença de todas as nações no céu) (Ap 5.9; 21.24-26), ou deixa de manter sua obrigação com a escravidão(1Co 7.20;-24; Cl 3.22; Tito 2.9-10; Fm 8-21). A escravidão nos dias de Paulo podia representar até um terço da população, e uma pessoa se tomava escrava através de compra, endividamento, captura de guerra ou nascimento.
Jesus não aboliu nossas diferenças, mas nossas desigualdades. Resumindo, o ponto não é o gênero, raça, cultura ou status social de alguém, mas sim se essa pessoa confiou, ou não, somente em Jesus para a sua salvação. Todo o povo de Deus deve ser unido como uma família na comunidade cristã e não mais estar dividido em facções de sexo, raça, cultura, status social, emprego ou salário.
Extraído do Livro
Sobre a Liderança da Igreja Capítulo 03
Mark Driscoll
Editora Tempo de Colheita
Liderança mark Driscoll



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Mark A. Driscoll (nascido em 11 de outubro de 1970) é um pastor e autor norte-americano. É pastor e co-fundador da igreja Mars Hill Church em Seattle, Washington, uma das Igrejas de crescimento mais rápido nos EUA. co-fundou a Rede Atos 29 para a plantação de novas Igrejas e tem contribuído para a seção "Fé e Valores" do jornal The Seattle Times. Ele ajudou a iniciar A Ressurgência, um repositório de recursos teológicos missionário. Autor de vários Livros, incluindo Jesus Vintage e Reformissão.
É um dos 25 pastores mais influentes dos Estados Unidos. sua audiência no You Tube é uma das maiores entre os líderes cristãos de sua geração. Suas palestras estão entre as mais baixadas no quesito ESPIRITUALIDADE do Itunes.








Amor Sexo Mark
 

Amor, Sexo, Cumplicidade e outros Prazeres a dois

Mark e Grace Driscoll
    Editora Thomas Nelson
    ISBN: 9788578602727 Formato: 14 x 21 cm
    Número de páginas: 296
    Como anda sua vida sentimental? Talvez você tenha acabado de se casar e esteja desfrutando do entusiasmo dos primeiros anos de vida a dois. Ou, pelo contrário, cansou da monotonia e perdeu aquele antigo prazer e a alegria de viver ao lado de seu cônjuge. Pode ser ainda que sinta insegurança quanto ao seu noivado, esteja à beira de um divórcio ou até trabalhe aconselhando casais que atravessam crises.
    Não importa se seu objetivo é resolver ou prevenir problemas no relacionamento – este é o livro que você procura.
    Lançado nos Estados Unidos em janeiro de 2012, Amor, sexo, cumplicidade e outros prazeres a dois, de Mark e Grace Driscoll entrou na lista dos mais vendidos do jornal The New York Times e da Amazon já no primeiro mês, com a primeira impressão de 70 mil exemplares vendida em tempo recorde. O sucesso meteórico, em si, já seria um dado fora do comum, mas outro elemento chamou a atenção da mídia norte-americana: trata-se de uma obra produzida por um pastor e sua esposa, e considerada bastante ousada em sua abordagem de assuntos delicados até entre pessoas não religiosas - inclusive a vida sexual.
    Com quinze anos de experiência em aconselhamento conjugal, o casal não apenas atendeu gente de todas as idades, que trouxe histórias de partir o coração, como também viveu experiências valiosas.
    Nesta obra, os dois falam com total franqueza de vitórias e fracassos, pecados e virtudes, alegrias e sofrimentos a partir de uma perspectiva bíblica, demostrando como Deus responde a quem confia o relacionamento em suas mãos e vive de acordo com sua orientação.

    reformissaoReformissão - Como Levar a Mensagem Sem Comprometer o Conteúdo

    Mark Driscoll

    Como ultrapassar barreiras culturais para levar o Evangelho, sem comprometer o conteúdo? A resposta para esta questão é o modelo de evangelização que o Pastor Mark Driscoll chama de REFORMISSÃO.

    Reformissão é um livro essencial para qualquer um que tenha um projeto de evangelização, ou seja: para todos os crentes.
    Driscoll começa a construção de seu modelo apresentando passagens das Sagradas Escrituras capazes de ilustrar o seu corolário. Para tanto, nos apresenta esforços de superação transcultural na evangelização, começando pelo próprio Senhor Jesus, já na busca de seus colaboradores para levar as Boas Novas às subculturas marginalizadas de sua cultura: as prostitutas, os publicanos, os despossuidos, leprosos, além de povos e grupos desprezados.
    Jesus pregou em sinagogas, mas priorizou os perdidos, os rejeitados e os indesejados, para quem Ele Se revelou de forma especial deixando claro a Quem veio. Mais do que isto, a certos personagens em extrema marginalidade em seu tempo, Jesus concedeu honras inimagináveis. Atitudes cujo impacto do preconceito não perderam a resistência com os séculos, sendo o esperado é que tais pessoas fossem rejeitadas pela maioria das igrejas contemporâneas.
    Uma destas personagens honradas na “extrema marginalidade” foi a mulher samaritana à beira do poço de Jacó. Ali, Jesus rompeu muitas barreiras: (1) Nação imprópria (Samaria, terra de povo amaldiçoado por Israel); (2) local impróprio (entrada de uma cidade samaritana); (3) horário impróprio (período do dia em que o poço era freqüentado apenas pela escória da sociedade); (4) gênero impróprio (Jesus falou com uma mulher); (5) pessoa de profissão imprópria (mulher prostituta); (6) E ainda mulher gentia, impura, suja e velha.


    A esta mulher, Jesus concedeu revelar: (1) Ser o Messias; (2) Estar próxima a destruição do templo (3) e o inicio de uma nova aliança com Deus; (4) envolvendo uma nova forma de se relacionar com o Criador. Quantos outros personagens bíblicos receberam tamanha honraria?


    Mostrada a importância da superação transcultural para o IDE, assim determinada pelo próprio proceder de Jesus, Driscoll oferece três equações para caracterizar os movimentos principais de evangelização e os “tipos de cristianismo”:
    Evangelho + Cultura – Igreja = Movimento Para-eclesiástico.


    É o que ocorre quando cristãos ficam tão frustrados
    com a igreja que tentam levar o Evangelho para a cultura, sem levar a igreja. O problema é que ao conectar as pessoas com Jesus, sem conectá-las as outras pessoas que seguem Jesus, estes ministérios deixam os novos na Fé em imaturidade teológica e sem incentivo ou recursos para produzir fruto e evangelizar outros.
    Mark Driscoll diz: Os movimentos para-eclesiásticos tendem a amar ao Senhor e amar os vizinhos, sem amar os irmãos em Cristo.
    Cultura + Igreja – Evangelho = Liberalismo
    São as igrejas que querem ser culturalmente relevantes e se preocupam em se envolver com a cultura, negligenciando o Evangelho.
    São os ministérios que ganharam relevância se envolvendo com o tecido social, político e cultural e levaram as pessoas às boas obras, mas apresentaram um “evangelho” de acomodação, que não leva à Fé pelo arrependimento, para uma verdadeira transformação.
    Cristãos liberais tendem a denunciar os pecados institucionais, mas são reticentes ao comentar os pecados pessoais, por estarem em desacordo com o “senso comum” da sua cultura.
    Para Driscoll, os liberais correm o risco de amar os seus irmãos e os seus vizinhos às custas do amor ao Senhor.

    Igreja + Evangelho – Cultura = Fundamentalismo

    Algumas igrejas estão mais voltadas para a sua denominação, tradição, arquitetura e governo do que para o Evangelho. Embora conheçam o Evangelho teologicamente, elas raramente o levam para fora de suas paredes.
    Nestas comunidades as pessoas amam a igreja e seus membros, mas falham terrivelmente no amor as pessoas perdidas dentro da cultura em que se inserem e isto levanta dúvidas em relação ao seu amor por Jesus, visto que a ênfase do Mestre sempre foi o pecador...
    Os pastores destas igrejas são esforçados em manter suas ovelhas longe do pecado, mas também do IDE de evangelizar o perdido.
    São boas igrejas para manter as pessoas em seu meio, mas péssimas em preparar as pessoas para irem para FORA influenciar a cultura positivamente. Tendem com o tempo, a se perder num gueto que, invariavelmente, constrói doutrinas legalistas como uma barreira à cultura, mas que acabam se tornando uma barreira ao Evangelho.
    É comum os cristãos fundamentalistas amarem ao Senhor e seus irmãos, mas não amarem seus vizinhos.
    O desafio da cultura é um aspecto marcante do ministério do Pastor Mark, o que fica claro já pelo nome de seu ministério, Mars Hill, Colina de Marte ou Aerópago. O nome remete, naturalmente, ao episódio que mostra o Apóstolo Paulo construindo pontes entre a cultura grega e a judaica para levar o Evangelho.
    A reformissão surge como uma proposta de evangelização que reúne os melhores aspectos dos três tipos de cristianismo tratados acima. Ou seja, a reformissão é viver a tensão de ser um cristão e uma igreja cristã culturalmente liberal, ao mesmo tempo que teologicamente conservadora, sendo impulsionada pelo Evangelho da Graça a amar a seu Senhor, a seus irmãos em Cristo e a seus vizinhos, sejam eles inseridos em que subcultura for.
    Desafio grande, não?
    Pois o Pastor Mark Driscoll encara o desafio com muita propriedade. Além de dissecar suas técnicas de evangelização, Driscoll apresenta as grandes questões apologéticas e a forma reformissional de superar barreiras, entre outras: sexo, pornografia, prostituição, masturbação, cultura secular, bebida, drogas, etc.
    Driscoll, encara os desafios e as questões mais complicadas, e comumente polêmicas, com muita franqueza, bom humor, assertividade e, principalmente, com fidelidade às Escrituras.
    A experiência da leitura é agradável. Mark é um camarada que se esforça para ser claro e acessível, por qualquer grupo e subcultura, mas sua teologia e seu proceder são absolutamente cristocêntricos. Recomendo fortemente!

    Um comentário:

    Unknown disse...

    Agora que não entendi nada, concordo com a posição do pr. Mark Driscoll quanto a mulher ser pastor-presbitero, sou contra o pastorado feminino, assim como o artigo aponta. Minha surpresa é a OPBB colocar esse artigo, sendo que a liderança da mesma tem cedido, e agora temos uma 'pastora' fazendo parte da diretoria da OPBB. Afinal, qual é a posição de fato da OPBB é favorável ou contrária. LASTIMÁVEL. Pr. Leandro Saldanha
    Pastor Titular
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